domingo, 16 de maio de 2010

A Porta

 
Muitas são as portas com as quais nos deparamos. Portas imponentes que nos amedrontam mais que acolhem. Outras singelas demais para nosso gosto apurado e nosso senso estético tão desenvolvido.

 Outras ainda que nos chamam, como que nos abraçando num convite amável e receptivo.

 Mas nós nem sempre percebemos a porta certa e nos dirigimos àquela que corresponde aos nossos anseios mais fortes e freqüentes.

 Se queremos riquezas, enxergamos as portas revestidas de ouro e mármore. Se procuramos paz, enxergamos as grandes portas de pinho e de madeira nobre que encerram os templos espirituais.

 Se queremos trabalho, enxergamos os grandes portões de aço e metal.

 Se queremos diversões, só temos olhos para as portas de vidro.

 E aí quando paramos e questionamos sobre o nosso caminho, a nossa vida; ficamos sem saber qual é a porta da nossa felicidade.

 Sei que é assim porque já entrei por todas essas portas que citei. E posso lhes garantir que não foram de todo inúteis, me serviram de experiência. Hoje porém, vejo que, na verdade, não existem portas.

 Nosso caminho é um só, nós é que colocamos as portas. Cegos pelas paixões, ilusões e desejos, vamos caminhando a esmo, procurando a satisfação dos nossos sentidos.

 A verdadeira porta que temos que atravessar é a do nosso "escudo corporal", para caminharmos rumo ao nosso interior.

Este sim, é o possuidor de toda a felicidade e todo o discernimento que precisamos para as nossas verdadeiras escolha.

   

Um comentário:

Obrigado pelo comentário.

Assim que possivel estarei dando retorno, se for o caso.

Abraço.

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