domingo, 12 de dezembro de 2010

Quem sou eu

 
EU SOU O QUE 'EU SOU'!

"Vem. Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos. Sem exibir os dentes, sorri comigo, como um botão de rosa. Entendamos-nos pelos pensamentos, sem língua, sem lábios. Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e veêm rostos. Ninguém fala para si mesmo em voz alta. Já que todos somos um, falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão : "toca", se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim. Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma. Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te" ...
"Na verdade, somos uma só alma, tu e eu,
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti,
Eis aqui o sentido profundo da minha relação contigo
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu..."

Rumi

A Paz

 
O mais perfeito ato do homem é a paz.
e por ser tão completo - tão cheio em si mesmo é o mais difícil. 
O mais difícil ato do homem é a paz. E sua exteriorização aparente – sua gratuidade chocam.
A paz tem de ser adquirida naturalmente.
Por sobrevivência e deformação o homem caminha pelo conflito. Constrói o conflito e se engrandece a cada minuto de falsa vitória. A paz para ser adquirida depende apenas do próprio homem.
De seu ser integrado – realmente – no mundo e caminhos que lhe são dados a viver. A paz individual é um ato universal. Antagônico e duro com os tempos que vivemos; os tempos do homem imperfeito. A paz é espiritual e física. E só a compreensão da própria deformação existencial; da guerra; poderá dar seu sentido e dimensão.
é um ato criativo – único. Que tem de ser adquirido e resguardado. Que tem de ser acrescido e ampliado. Que tem de ser tão natural que não ofenda, tão solitário que não interfira na liberdade, tão puro que não precise ser explicado. A paz é ato nobre.
Não depende de nada – nem do tempo – nem dos compromissos – nem da própria vida. É um gesto tão nobre, tão livre que depende apenas e exclusivamente da vontade. A paz não é um ato estático.
é basicamente movimento e força. É um processo continuo de descoberta individual, a paz é ato corajoso. Não impõe retribuição nem diferenças. É válido tanto para a criança como para o adulto – é um ato da própria natureza – sublimada, levada avante com cuidado e coragem. A paz como ato completo independe de quem a proponha ou defenda. A paz é fantástica – dimensional e formal, material e espiritual, conceitual e aberta – resultado daquilo que a natureza nos propõe gratuitamente.
A paz exige cuidado, é abstrata do tempo, dá a sensação permanente de conquista e vitória. É o único bem intransferível e contínuo. É o único crescimento válido. É a única forma de criação.
A paz é tão completa, tão perfeita, Tão necessária que quando atingida nos dá uma dimensão
cósmica, nos coloca em frente à única verdade, que da geração à morte, em paz, o ser humano é só.

Gandhi
  

 

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