Há algum tempo li pixado num muro a seguinte frase: “Você já acordou hoje?”. Se estou lendo é claro que já estou acordado. Simples, direto e aparentemente óbvio, mas quando analisada mais a fundo é bastante interessante a frase.
Ela fez-me pensar (o que era seu objetivo é claro), quantas vezes estou realmente acordado? Quantas vezes não estou apenas repetindo hábitos marcados pela rotina do cotidiano? Quantas vezes acordo, levanto, pego meu carro em direção ao trabalho pelo mesmo caminho de ontem, passo o dia inteiro no automático fazendo as mesmas coisas, no fim do dia volto (novamente pelo mesmo caminho) e ponho-me a dormir? Que dia foi esse? Um exatamente igual a outros que já ocorreram dessa mesma forma.
Quantas vezes consegui fugir da armadilha da rotina e do cotidiano, sem entrar no “automático” e me senti REALMENTE no momento presente? Infelizmente não consegui responder que foi sempre.
Mas é preciso responder SIM todos os dias para o questionamento do muro, mas para isso vou responder sim no dia de hoje, devo estar acordado no hoje, para que no momento presente do amanha possa estar construindo da mesma forma.
Quero estar acordado para sentir o momento, se for sol, sentir o calor do sol, se for chuva, perceber o cheiro da chuva no ambiente. Olhar, ver e sentir a beleza de cada dia, de cada momento, de cada situação e emoção que vivo com diferentes pessoas, sabendo que aquele momento e aquela sensação são únicos, não se repetirão. Não daquela forma, nem com a mesma intensidade, pode até ser mais, talvez menos, mas nunca será igual.
Quero estar acordado, somente assim poderei amar e ser amado, pois, ninguém ama verdadeiramente no automático. No automático olhamos sem ver, tocamos sem sentir e gostamos sem amar. No automático não vivemos, apenas existimos deixando que a vida passe por nós.
Estar no automático é viver arrependido pelo que já passou e preocupado pelo que será, é fazer sem sentir o que está a fazer naquele instante... sem vivenciar aquele momento.
Que eu sempre compreenda que a vida é um grande, um enorme momento de existência que estou a experenciar no plano físico, que esse grande momento se constitui de vários momentos de meu cotidiano, e que é preciso construir meu despertar no momento presente de cada dia, pois somente assim estarei vivendo a vida e não apenas existindo nela.
Obrigado ao pixador do muro!
Ela fez-me pensar (o que era seu objetivo é claro), quantas vezes estou realmente acordado? Quantas vezes não estou apenas repetindo hábitos marcados pela rotina do cotidiano? Quantas vezes acordo, levanto, pego meu carro em direção ao trabalho pelo mesmo caminho de ontem, passo o dia inteiro no automático fazendo as mesmas coisas, no fim do dia volto (novamente pelo mesmo caminho) e ponho-me a dormir? Que dia foi esse? Um exatamente igual a outros que já ocorreram dessa mesma forma.
Quantas vezes consegui fugir da armadilha da rotina e do cotidiano, sem entrar no “automático” e me senti REALMENTE no momento presente? Infelizmente não consegui responder que foi sempre.
Mas é preciso responder SIM todos os dias para o questionamento do muro, mas para isso vou responder sim no dia de hoje, devo estar acordado no hoje, para que no momento presente do amanha possa estar construindo da mesma forma.
Quero estar acordado para sentir o momento, se for sol, sentir o calor do sol, se for chuva, perceber o cheiro da chuva no ambiente. Olhar, ver e sentir a beleza de cada dia, de cada momento, de cada situação e emoção que vivo com diferentes pessoas, sabendo que aquele momento e aquela sensação são únicos, não se repetirão. Não daquela forma, nem com a mesma intensidade, pode até ser mais, talvez menos, mas nunca será igual.
Quero estar acordado, somente assim poderei amar e ser amado, pois, ninguém ama verdadeiramente no automático. No automático olhamos sem ver, tocamos sem sentir e gostamos sem amar. No automático não vivemos, apenas existimos deixando que a vida passe por nós.
Estar no automático é viver arrependido pelo que já passou e preocupado pelo que será, é fazer sem sentir o que está a fazer naquele instante... sem vivenciar aquele momento.
Que eu sempre compreenda que a vida é um grande, um enorme momento de existência que estou a experenciar no plano físico, que esse grande momento se constitui de vários momentos de meu cotidiano, e que é preciso construir meu despertar no momento presente de cada dia, pois somente assim estarei vivendo a vida e não apenas existindo nela.
Obrigado ao pixador do muro!
RicardoAlmeida
Querido amigo!
ResponderExcluirSábias palavras.
É nas coisas aparentemente simples do cotidiano que experienciamos as lições de nossa 'extraordinária' jornada.
Enquanto finalizava a leitura de teu belo texto, lembrei-me de um pequeno livro que me foi presenteado certa vez, inspirado nos ensinamentos de um mestre budista chamado Thich Nhat Hanh, de título "Sinta-se livre onde você estiver" (1), cuja mensagem principal se pauta na prática da mente desperta, e, em como viver o momento presente com a devida atenção, conquistando a liberdade interior.
Embora singelo o conteúdo do livreto, a mensagem que fica é a de que a verdadeira liberdade está dentro de cada um de nós, não importando onde ou o que estejamos fazendo. Se mantivermos a mente consciente, a paz estará conosco.
Árduo, mas desejável exercício.
Excelente final de semana.
Namastê!
Dai.
(1) HANH, Thich Nhat. Sinta-se Livre Onde Você Estiver. Tradução: Cláudia Gerpe Duarte. 1 ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.
Bom Dia!!! Acordei cedo e estou 'despertando'.
ResponderExcluirParabéns pelo insight e por compartilhar.
Muito sincrônico. Escrevi algo parecido esta semana, está no meu blog.
"O Novo"
"O ‘Novo’ já ‘É’, já ‘Está’,
nós é que não percebemos e por isso, ao percebermos pela primeira vez, o chamamos de ‘novo’.
Não é algo que está no futuro, não está no tempo ou além do agora.
Não é algo que substitui o ‘velho’.
Não é de algo a ser substituído a que me refiro… coisas, objetos…
Penso na percepção de algo mais… de experimentar, sentir diferente.
E para isso é só fazermos diferente, porque quando fazemos diferente, fazemos atentos
e ao estarmos atentos coisas novas parecem chegar…
Mas tudo isto já ‘Está’, já ‘É’,
apenas estávamos adormecidos,
anestesiados pela mecanicidade de fazermos tudo, todo dia sempre igual."
Hoje, faça diferente e perceba o ‘Novo’ em sua vida!
Sophia Christou