A vida é relacionamento!!
Poderemos definir a vida de várias formas, mas defini-la como relacionamento, parece ser uma boa definição, pois quem não se relaciona de forma nenhuma, não vive. A vida, ou os relacionamentos de alguém sempre dependerá das atitudes tomadas. Nossas opções ditarão se nos relacionamos positiva ou negativamente, mas no momento que uma pessoa se relaciona, ela vive. É por isso que uma pessoa que possa até mesmo se relacionar negativamente está mais viva do que aquela que se relaciona pouco. Os relacionamentos destrutivos levam a um clímax que, em última analise, está destinado a dissolver a destrutividade. Mas o não-relacionamento, que, em geral, se disfarça como falsa serenidade, situa-se num nível inferior da escala.
Todo o plano da evolução trata da união, da junção das consciências individuais, pois só assim é possível abrir mão da separatividade. A união com uma idéia abstrata, com um Deus intangível ou concebido como um processo cerebral, não é uma união verdadeira. Apenas o contato real de uma pessoa com outra estabelece, na personalidade como um todo, as condições que constituem os pré-requisitos da verdadeira união e unidade interiores.
Portanto, esse impulso manifesta-se como uma grande força, atraindo uns para os outros, tornando a separação dolorosa e vazia. A força vital, portanto, é permeada desse impulso em direção aos outros, e tbm o prazer supremo. Vida e prazer são uma coisa só. A vida, o prazer, o contato com os outros, a união com os outros são a meta do plano cósmico.
A esse empuxo, força de atração natural, podemos chamar de força erótica entre os seres, que combinada com a energia do amor e a energia sexual, constituem as principais energias envolvidas nas relações entre pessoas que se relacionam no nível de casamento ou relação romântica de algum tipo.
A força erótica é uma das mais poderosas forças existentes e apresenta um certo momentum e impacto. Seu propósito é fazer a ponte entre o sexo e o amor, embora raramente o faça. Numa pessoa altamente desenvolvida do ponto de vista espiritual, a força erótica transporta a entidade da experiência erótica, que em si mesma é de curta duração, para um estado permanente de amor puro. No entanto, mesmo o momentum da força erótica transporta a alma só até ali, e não mais adiante. Ela está fadada a dissolver-se caso a personalidade não aprenda a amar, cultivando todas as qualidades e requisitos necessários para o verdadeiro amor. Só qdo se aprende a amar é q a centelha da força erótica continua viva. Em si mesma, sem amor, a força erótica se esgota. Este, naturalmente, é o problema do casamento. Como a maioria das pessoas é incapaz do amor puro, também é incapaz de atingir o casamento ideal.
A utilidade da energia erótica do ponto de vista espiritual é que sem ela muitas pessoas jamais experimentariam o grande sentimento e a beleza contidos no amor verdadeiro. Elas jamais poderiam prová-lo, e o anseio de amar permaneceria profundamente enterrado em sua alma. Seu medo do amor seria mais forte que o desejo.
A força erótica é a experiência mais próxima do amor que o espírito não-desenvolvido pode ter. Ele eleva a alma, tirando-a da apatia, do mero contentamento e do estado vegetativo. A força erótica faz com que a alma se agite, buscando o exterior. Tomada por essa força, até a pessoa mais subdesenvolvida é capaz de se superar. Até mesmo um criminoso tem durante algum tempo, pelo menos com relação a alguém, um sentimento de bondade que jamais conhecera. Enquanto dura esse sentimento, o egoísta rematado tem impulsos altruístas. Os acomodados saem da inércia. Com naturalidade e sem esforço, o escravo da rotina livra-se dos hábitos fixos.
A força erótica faz com que a pessoa fique um plano acima da separação, mesmo que seja por um curto período. A força erótica proporciona à alma o antegozo da união, que a psique com medo passa a desejar. Qto mais forte a experiência com a força erótica, menos satisfação encontra a alma na pseudo-segurança da separação. Até a pessoa sob outros aspectos totalmente concentrada em si mesma, é capaz de fazer um sacrifício durante sua experiência da força erótica. Portanto, vemos que a força erótica capacita a pessoa a fazer coisas para as quais normalmente ela não tem inclinação, coisas estreitamente associadas ao amor. É fácil entender por que a força erótica tantas vezes é confundida com o amor.
No que então a força erótica difere do amor? O amor é um estado permanente da alma, a força erótica, não. O amor não vai e vem ao acaso, a força erótica sim. A força erótica atinge com força súbita, muitas vezes pegando a pessoa desprevenida e até mesmo não predisposta a passar pela experiência. Só qdo a alma está pronta para amar e já construiu o alicerce do amor é que a força erótica se torna a ponte para o amor manifesto entre dois seres.
Assim, podemos ver como é importante a força erótica. Sem que ela atinja e tire-nos da rotina, muitos seres humanos jamais estariam prontos para procurar, com mais consciência, derrubar as barreiras que os separam. A experiência erótica lança na alma uma semente e faz com que ela anseie pela unidade, que é a grande meta para vencer a separação.
A força sexual é a força criadora em qualquer plano da existência. A força sexual pura é totalmente egoísta. O sexo sem a força erótica e sem amor se manifesta em baixas vibrações. Em raros casos a força erótica sozinha, sem sexo e sem amor, existe por um tempo limitado. Este fenômeno é comumente denominado amor platônico. No entanto, mais cedo ou mais tarde, energia erótica e energia sexual se fundem na pessoa razoavelmente saudável. A força sexual, em vez de ser eliminada, é incorporada à força erótica, e ambas fluem em uma só corrente. Qto mais as três forças permanecem separadas, menos saudável é a personalidade.
A força sexual está presente na maioria dos seres humanos saudáveis e só pode começar a declinar quando a energia erótica se vai. Os casais sofrem com essa perda, pois passam a procurar a energia erótica em outro lugar, pois o relacionamento sexual acaba sofrendo se a energia erótica não for mantida.
O que fazer para manter a energia erótica? Esta é a grande questão, a energia erótica só pode ser mantida se for usada como ponte para a verdadeira parceria amorosa, no sentido mais elevado. E como isso acontece?
Primeiro examinamos o principal elemento da força erótica, ao analisá-lo descobriremos que a aventura, a busca do conhecimento de outra alma, esse desejo vive em todo espírito criado. A força vital inerente precisa, no fim, tirar a entidade de seu estado de separação. A força erótica fornece a curiosidade pelo outro ser. Enquanto houver algo novo para descobrir na outra alma, e enquanto nos revelamos. A energia erótica vive.
No momento q descobrimos tudo q acreditamos que há para descobrir, e que revelamos tudo o que há para revelar, a energia erótica parte.
Mas o grande erro é acreditar que há um limite para a revelação de qualquer alma, sua ou do outro. Qdo se atinge determinado ponto de revelação, normalmente bastante superficial, temos a impressão de que isso é tudo, e acomodamo-nos numa vida plácida, sem outras buscas naquele ser.
A energia erótica, com seu forte impacto, nos leva até esse ponto. Mas daí em diante, a vontade de continuar buscando as profundezas sem limites do outro e, voluntariamente, revelar e expor sua própria busca interior, determina se usamos ou não a energia erótica como ponte para o amor – o que por seu turno, é sempre determinado pela vontade de aprender a amar.
Só assim manteremos a chama da energia erótica no amor. Só assim continuaremos a descobrir o outro e a permitir que ele nos descubra. Não há limite, pois a alma é infinita, é eterna: toda uma vida não seria suficiente para conhecermos uma alma.
A armadilha da eterna busca é acreditar que não há mais nada para descobrir no outro, qdo na verdade ali está uma fonte inesgotável de novidades. Onde deverão estar fundidas as energias eróticas, sexuais e o amor.
Fonte sobre o assunto: Criando União – de Eva Pierrakos
Poderemos definir a vida de várias formas, mas defini-la como relacionamento, parece ser uma boa definição, pois quem não se relaciona de forma nenhuma, não vive. A vida, ou os relacionamentos de alguém sempre dependerá das atitudes tomadas. Nossas opções ditarão se nos relacionamos positiva ou negativamente, mas no momento que uma pessoa se relaciona, ela vive. É por isso que uma pessoa que possa até mesmo se relacionar negativamente está mais viva do que aquela que se relaciona pouco. Os relacionamentos destrutivos levam a um clímax que, em última analise, está destinado a dissolver a destrutividade. Mas o não-relacionamento, que, em geral, se disfarça como falsa serenidade, situa-se num nível inferior da escala.
Todo o plano da evolução trata da união, da junção das consciências individuais, pois só assim é possível abrir mão da separatividade. A união com uma idéia abstrata, com um Deus intangível ou concebido como um processo cerebral, não é uma união verdadeira. Apenas o contato real de uma pessoa com outra estabelece, na personalidade como um todo, as condições que constituem os pré-requisitos da verdadeira união e unidade interiores.
Portanto, esse impulso manifesta-se como uma grande força, atraindo uns para os outros, tornando a separação dolorosa e vazia. A força vital, portanto, é permeada desse impulso em direção aos outros, e tbm o prazer supremo. Vida e prazer são uma coisa só. A vida, o prazer, o contato com os outros, a união com os outros são a meta do plano cósmico.
A esse empuxo, força de atração natural, podemos chamar de força erótica entre os seres, que combinada com a energia do amor e a energia sexual, constituem as principais energias envolvidas nas relações entre pessoas que se relacionam no nível de casamento ou relação romântica de algum tipo.
A força erótica é uma das mais poderosas forças existentes e apresenta um certo momentum e impacto. Seu propósito é fazer a ponte entre o sexo e o amor, embora raramente o faça. Numa pessoa altamente desenvolvida do ponto de vista espiritual, a força erótica transporta a entidade da experiência erótica, que em si mesma é de curta duração, para um estado permanente de amor puro. No entanto, mesmo o momentum da força erótica transporta a alma só até ali, e não mais adiante. Ela está fadada a dissolver-se caso a personalidade não aprenda a amar, cultivando todas as qualidades e requisitos necessários para o verdadeiro amor. Só qdo se aprende a amar é q a centelha da força erótica continua viva. Em si mesma, sem amor, a força erótica se esgota. Este, naturalmente, é o problema do casamento. Como a maioria das pessoas é incapaz do amor puro, também é incapaz de atingir o casamento ideal.
A utilidade da energia erótica do ponto de vista espiritual é que sem ela muitas pessoas jamais experimentariam o grande sentimento e a beleza contidos no amor verdadeiro. Elas jamais poderiam prová-lo, e o anseio de amar permaneceria profundamente enterrado em sua alma. Seu medo do amor seria mais forte que o desejo.
A força erótica é a experiência mais próxima do amor que o espírito não-desenvolvido pode ter. Ele eleva a alma, tirando-a da apatia, do mero contentamento e do estado vegetativo. A força erótica faz com que a alma se agite, buscando o exterior. Tomada por essa força, até a pessoa mais subdesenvolvida é capaz de se superar. Até mesmo um criminoso tem durante algum tempo, pelo menos com relação a alguém, um sentimento de bondade que jamais conhecera. Enquanto dura esse sentimento, o egoísta rematado tem impulsos altruístas. Os acomodados saem da inércia. Com naturalidade e sem esforço, o escravo da rotina livra-se dos hábitos fixos.
A força erótica faz com que a pessoa fique um plano acima da separação, mesmo que seja por um curto período. A força erótica proporciona à alma o antegozo da união, que a psique com medo passa a desejar. Qto mais forte a experiência com a força erótica, menos satisfação encontra a alma na pseudo-segurança da separação. Até a pessoa sob outros aspectos totalmente concentrada em si mesma, é capaz de fazer um sacrifício durante sua experiência da força erótica. Portanto, vemos que a força erótica capacita a pessoa a fazer coisas para as quais normalmente ela não tem inclinação, coisas estreitamente associadas ao amor. É fácil entender por que a força erótica tantas vezes é confundida com o amor.
No que então a força erótica difere do amor? O amor é um estado permanente da alma, a força erótica, não. O amor não vai e vem ao acaso, a força erótica sim. A força erótica atinge com força súbita, muitas vezes pegando a pessoa desprevenida e até mesmo não predisposta a passar pela experiência. Só qdo a alma está pronta para amar e já construiu o alicerce do amor é que a força erótica se torna a ponte para o amor manifesto entre dois seres.
Assim, podemos ver como é importante a força erótica. Sem que ela atinja e tire-nos da rotina, muitos seres humanos jamais estariam prontos para procurar, com mais consciência, derrubar as barreiras que os separam. A experiência erótica lança na alma uma semente e faz com que ela anseie pela unidade, que é a grande meta para vencer a separação.
A força sexual é a força criadora em qualquer plano da existência. A força sexual pura é totalmente egoísta. O sexo sem a força erótica e sem amor se manifesta em baixas vibrações. Em raros casos a força erótica sozinha, sem sexo e sem amor, existe por um tempo limitado. Este fenômeno é comumente denominado amor platônico. No entanto, mais cedo ou mais tarde, energia erótica e energia sexual se fundem na pessoa razoavelmente saudável. A força sexual, em vez de ser eliminada, é incorporada à força erótica, e ambas fluem em uma só corrente. Qto mais as três forças permanecem separadas, menos saudável é a personalidade.
A força sexual está presente na maioria dos seres humanos saudáveis e só pode começar a declinar quando a energia erótica se vai. Os casais sofrem com essa perda, pois passam a procurar a energia erótica em outro lugar, pois o relacionamento sexual acaba sofrendo se a energia erótica não for mantida.
O que fazer para manter a energia erótica? Esta é a grande questão, a energia erótica só pode ser mantida se for usada como ponte para a verdadeira parceria amorosa, no sentido mais elevado. E como isso acontece?
Primeiro examinamos o principal elemento da força erótica, ao analisá-lo descobriremos que a aventura, a busca do conhecimento de outra alma, esse desejo vive em todo espírito criado. A força vital inerente precisa, no fim, tirar a entidade de seu estado de separação. A força erótica fornece a curiosidade pelo outro ser. Enquanto houver algo novo para descobrir na outra alma, e enquanto nos revelamos. A energia erótica vive.
No momento q descobrimos tudo q acreditamos que há para descobrir, e que revelamos tudo o que há para revelar, a energia erótica parte.
Mas o grande erro é acreditar que há um limite para a revelação de qualquer alma, sua ou do outro. Qdo se atinge determinado ponto de revelação, normalmente bastante superficial, temos a impressão de que isso é tudo, e acomodamo-nos numa vida plácida, sem outras buscas naquele ser.
A energia erótica, com seu forte impacto, nos leva até esse ponto. Mas daí em diante, a vontade de continuar buscando as profundezas sem limites do outro e, voluntariamente, revelar e expor sua própria busca interior, determina se usamos ou não a energia erótica como ponte para o amor – o que por seu turno, é sempre determinado pela vontade de aprender a amar.
Só assim manteremos a chama da energia erótica no amor. Só assim continuaremos a descobrir o outro e a permitir que ele nos descubra. Não há limite, pois a alma é infinita, é eterna: toda uma vida não seria suficiente para conhecermos uma alma.
A armadilha da eterna busca é acreditar que não há mais nada para descobrir no outro, qdo na verdade ali está uma fonte inesgotável de novidades. Onde deverão estar fundidas as energias eróticas, sexuais e o amor.
Fonte sobre o assunto: Criando União – de Eva Pierrakos
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Abraço.